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Aquaman

O mar te chama.Dec. 30, 2018United States143 Min.PG-13

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Cast

Sinopse

A cidade de Atlantis, que já foi lar de uma das mais avançadas civilizações do mundo, agora é um reino submerso dominado pelo ganancioso Rei Orm. Com um vasto exército a seu dispor, Orm planeja conquistar tanto os demais reinos do oceano, quanto o mundo da superfície. Em seu caminho está Aquaman, meio-humano e meio-atlante, e verdadeiro herdeiro do trono. Com a ajuda da princesa Mera, Aquaman precisa recuperar o lendário Tridente de Atlan e aceitar seu destino como protetor das profundezas.

Reviews e Crítica sobre Aquaman

Aquaman é um lembrete dos escassos prazeres que podem ser obtidos em um filme genérico de super-heróis. Desprovido do enredo complexo, da construção abrangente do mundo e das reviravoltas narrativas que definiram os dois grandes filmes de super-heróis da Marvel em 2018, Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita , Aquaman parece estranhamente fora de sintonia com o rumo que o gênero está tomando. Limitado pela origem do personagem nos quadrinhos, Aquaman se recusa a fazer algo original ou imprevisível e se transforma em um conto convencional de como o Rei de Atlântida, portador do tridente, se torna um protetor da terra e do mar. Ele consegue isso esperando que a saturação dos efeitos especiais compense as fraquezas do roteiro.

A DC/Warner Brothers é sua pior inimiga. Eles seguiram seu único sucesso legítimo nos últimos anos, Mulher-Maravilha , com a execrável Liga da Justiça , que aparentemente fechou o caixão das equipes de super-heróis da DC. Aquaman parece uma reflexão tardia – um pedido de desculpas do tipo “nossa, talvez devêssemos dar a esse cara uma história de origem” para o público que procura algo mais de um super-herói que se parece suspeitamente com Kal Drogo. Há coisas para gostar em Aquaman , mas não é Mulher-Maravilha e muitas vezes parece estar se esforçando demais. Além disso, com mais e mais filmes de super-heróis abordando questões sociais (mais notavelmente Pantera Negra ), Aquaman decidiu marcar sua reivindicação abordando a poluição dos oceanos pela humanidade. Embora não seja uma causa ruim, parece forçado.

O filme abre com um prólogo narrado por Arthur/Aquaman (Jason Momoa) sobre como sua mãe, a rainha Atlanna de Atlântida (Nicole Kidman), e seu pai, o faroleiro Tom Curry (Temeura Morrison), se conheceram, se apaixonaram e tiveram um pequeno bebê interespécies. Quando os atlantes vêm chamando, querendo que sua rainha retorne e cumpra sua parte de um casamento arranjado, ela volta para proteger seu marido e seu filho pequeno. O garoto cresce e se torna um homem robusto com força, velocidade e resistência extraordinárias a armas. Em flashbacks, o vemos treinando com o vice-rei Vulko (Willem Dafoe), que foi encarregado por Atlanna — agora morta após ser sacrificada por seu marido atlante aos “monstros da trincheira” — com a segurança de Arthur.

Pulando para os dias atuais, descobrimos que o meio-irmão diabólico de Arthur, o Rei Orm (Patrick Wilson), está planejando uma guerra contra aqueles que vivem no mundo acima. Ele é acompanhado por outro dos governantes subaquáticos, o Rei Nereus (Dolph Lundgren). Secretamente em oposição, Vulko despacha a filha de Nereus, a Princesa Mera (Amber Heard), para procurar Arthur. O plano: fazê-lo encontrar a relíquia sagrada do primeiro rei de Atlântida e, com aquele tridente mágico na mão, desafiar Orm pelo trono. As coisas não saem como planejado. Após uma derrota retumbante nas mãos de seu meio-irmão, Arthur foge com Mera. Eles são perseguidos não apenas pelos melhores de Atlântida, mas por um pirata obcecado por vingança (Yaha Abdul-Manteen II), que, equipado com armadura protótipo e armas fornecidas por Orm, se autodenomina “Manta”.

É muita trama para um filme e o filme se move rápido demais para seu próprio bem. Há inúmeras oportunidades perdidas em que uma abordagem mais lenta e deliberada poderia ter sido mais eficaz, limitando a vibração repetitiva da narrativa no estilo de busca. A discussão de vai e vem/preliminares verbais entre Arthur e Mera ocasionalmente parece forçada. Eles não são Tracy e Hepburn. Jason Momoa, embora carismático e fisicamente talentoso, não é adequado para esse tipo de réplica. Amber Heard é pior, parecendo uma aspirante a Ariel em live-action que tem uma tendência a entregar suas falas em um tom monótono.

O diretor James Wan, conhecido por filmes de terror, usa um dos elementos básicos desse gênero em Aquaman : o susto repentino. No entanto, em vez de um gato saltar de trás de uma cortina, aqui é uma explosão. Em pelo menos três ocasiões, um momento aparentemente calmo é interrompido por uma explosão pirotécnica alta o suficiente para ser ouvida do outro lado do mundo (e provavelmente a alguns auditórios de teatro de distância). Existe uma lei de retornos decrescentes para esse tipo de coisa. Na primeira vez, é inesperado. Na terceira vez, é motivo para um jogo de bebida.

Os efeitos especiais, embora nem sempre especiais (como às vezes é o caso com o uso excessivo de CGI, há momentos em que é óbvio que os personagens são representações digitais em vez de atores), são numerosos. De refugiados de Procurando Nemo aos monstros distorcidos da trincheira, Wan povoa a tela com o máximo de estrondo que pode obter pelo seu dinheiro. Para seu crédito, as sequências de ação são geralmente bem executadas (embora algumas das batalhas em ritmo frenético possam ser difíceis de acompanhar) e representativas da abordagem de alta octanagem que os diretores adotaram para confrontos de super-heróis.

Comparando Atlantis com Wakanda de Pantera Negra — dois lugares alienígenas que existem tanto dentro quanto fora do mundo “real” — não há dúvidas de qual sai melhor. Mais tempo, paciência e habilidade foram investidos por Ryan Coogler em sua construção de mundo do que é evidente na abordagem dispersa em Aquaman . Wakanda parece “vivida”; Atlantis não. O cuidado empregado em estabelecer a realidade do primeiro cenário não é evidente no último, que depende quase exclusivamente de CGI. Atlantis é frequentemente bonita e às vezes de tirar o fôlego, mas o foco do filme em elementos visuais prejudica sua capacidade de estabelecer algo que é mais do que apenas um local animado no qual os atores de ação ao vivo podem atuar.

Talvez o maior problema para Aquaman seja o timing. Se esse filme tivesse chegado há apenas dois anos, ele poderia ter sido anunciado como um filme de super-heróis de alto nível. As coisas mudaram, no entanto, tanto no DCEU quanto no MCU. Mulher-Maravilha elevou o nível, então Pantera Negra elevou ainda mais. Aquaman não se sai bem lado a lado com nenhum dos dois e isso o torna uma leve decepção para os fãs de quadrinhos e outro obstáculo potencial para aqueles que estão tentando elevar o estábulo de heróis da DC ao mesmo nível que o da Marvel. A bilheteria de Aquaman pode justificar uma sequência, mas isso não representa um passo à frente para os filmes de super-heróis.

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